A Inspeção Termográfica é a técnica de inspeção não destrutiva realizada com a utilização de sistemas infravermelhos, para a medição de temperaturas ou observação de padrões diferenciais de distribuição de calor, com o objetivo de propiciar informações relativas à condição operacional de um componente, equipamento ou processo.
É também conhecida como Termografia e a imagem gerada é chamada de termograma.
A Inspeção Termográfica é uma técnica preditiva de redes elétricas, transformadores, motores, barramentos, painéis, redes de vapor, fornos, reatores, câmaras de refrigeração e processos.
O instrumento utilizado é o Termovisor, que é um sistema formador de imagens dotado de recursos para a análise e medição de distribuições térmicas.
Tal como nos equipamentos fotográficos os termovisores possuem objetivas intercambiáveis que possibilitam adequar o campo de visão do aparelho às necessidades específicas de cada observação. As imagens são geradas em branco e preto, podendo ser convertidas em imagens coloridas pela substituição da escala de cinza por uma escala de cores. Atualmente todo o registro das imagens térmicas geradas é digital, através de cartões Micro SD – Cartão Digital Seguro, (que permitem o acoplamento dos sistemas com microcomputadores para posterior processamento da informação.
O termovisor é uma câmera infravermelha que captura a energia infravermelha (o calor) emitida pelo objeto enquadrado pelas lentes e converte esta energia, que é concentrada pela lentes em um detector infravermelho, formado por milhares de sensores infravermelhos (pixels), em um sinal eletrônico. Este sinal é processado de forma a mostrar a imagem térmica em um display ou monitor de vídeo ao mesmo tempo em que calcula a temperatura de cada pixel. A precisão de uma câmera infravermelha depende de vários componentes como as lentes, filtros, o detector, circuitos de leitura e tratamento de sinal e programas de linearização e compensação.
A classificação de componentes elétricos aquecidos com as temperaturas máximas admissíveis para diversos tipos de componente são diferentes, pois recebem influência da carga e do vento no caso de instalações externas, como linhas de distribuição elétrica e subestações. Aplicativos dedicados a essas correções permite a emissão de relatórios com a correta classificação dos componentes aquecidos em termos de criticidade e de risco ao sistema produtivo.
O acompanhamento de trocas térmicas em fornos, caldeiras e linhas de vapor é da maior importância na tomada de decisão para reparos ou troca de revestimentos, pois a espessura deste revestimento define o tempo de vida útil do equipamento.
É importante notar que a Inspeção Termográfica visa alcançar o principal objetivo da manutenção preditiva que é evitar as paradas inesperadas na produção.
Os programas de qualidade (TPM, ISO e QS9000) exigem que o acompanhamento do sistema produtivo seja cada vez mais confiável.
Vantagens da inspeção termográfica:
- Evitar paradas indesejadas na produção;
- Trata-se de técnica preditiva, ou seja não desliga o equipamento, circuito ou o sistema.
- Redução no tempo de execução de manutenção, pois através dos relatórios termográficos. Antecipamos quais os equipamentos e circuitos que necessitam intervenção e qual o tipo se reaperto ou substituição do componente.
Normas utilizadas:
ABNT NBR – 15572 – Ensaios não destrutivos – Termografia – Guia para inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos.
ABNT NBR – 15866 – Ensaio não destrutivo – Termografia – Metodologia de avaliação de temperatura de trabalho de equipamentos em sistemas elétricos
ABNT NBR – 15424 – Ensaios não destrutivos – Termografia – Terminologia